Juntinhos: Monica Iozzi, Marcelo Tas e Dani Calabresa, a nova integrante do “CQC” Foto: Fotos de divulgação/Band

Com o conhecido terno que veste um integrante do “CQC”, Marco Luque andava tranquilo pelo foyer da Band, em São Paulo, onde foi realizada, no começo da semana, a entrevista coletiva para apresentar a sexta temporada da atração, que estreia segunda-feira. Da mesma forma, o repórter Ronald Rios quase não era perturbado. Nem a famosa e reluzente careca de Marcelo Tas fazia tanto sucesso. As atenções — e o sorriso engatilhado para a próxima piada — estavam voltados para a ex-MTV Dani Calabresa, nova contratada da trupe, e para a já veterana Monica Iozzi. Mulheres tão diferentes, que, treinadas no tempo da comédia, fazem rir sem esforço, ainda que nem sempre fique claro quando saem do armário de seus personagens e são, por assim dizer, elas mesmas.

Escrachada, sem ofender

Com a loura ainda é mais difícil perceber. Calabresa, como diz, é goiaba — cria do interior (nasceu em Santo André, São Paulo), jeca, uma quase versão feminina de Mazzaropi. Com o “r” sempre puxado, gosta de ser escrachada, mas não de ofender.

— Eu fico triste quando a pessoa não entende que eu quis fazer uma piada, que eu não quis causar uma briga. Peço desculpas, choro, fico desesperada — diz Dani, que vai apresentar um quadro em que comenta notícias.

Já Monica é classuda, esguia, olha com atenção para quem conversa, e responde com um cuidado, que, trabalhando na cola de políticos em Brasília, certamente nunca teve.

— Sou mais do improviso. E muitas vezes você improvisa errado, pesa a mão. Como eu geralmente faço isso com político, não me arrependo. Quanto mais casca grossa o cara é, menos eu preciso brincar — ressalta a repórter, que diz já ter sido ameaçada: — Fico com medo várias vezes. Ameaça sempre tem, é uma coisa velada, você percebe que tem um carro te seguindo, alguém fala: “Tem certeza de que você vai falar isso mesmo?”.

Cercada de homens, Monica comenta a chegada de uma nova mulher:

— Você estaria feliz se viesse uma pessoa para competir com você? Uma pessoa que foi expulsa de uma emissora que está falindo e tem um marido que trabalha na Globo? Mas para quem aguenta o Marcelo Tas na terceira idade, qualquer coisa é fácil — provoca Monica, que, mais tarde, comenta, sem a acidez de uma repórter do “CQC”, a chegada da nova companheira: — Você fica o dia inteiro ouvindo da bunda da fulana. Vocês não têm ideia dos termos. São amigos do peito, sou apaixonada por todos, mas sinto falta da delicadeza feminina, e a Dani traz isso.

SX Rio de Janeiro (RJ) 13/03/2013 A turma do CQC reunida. Foto divulgação Foto: Terceiro

Programa terá novo repórter

A entrada de Dani Calabresa não é a única aposta do “CQC” para a nova temporada. O programa, que contará também com um novo cenário, brevemente revelará mais um repórter. Segundo Marcelo Tas, quatro nomes estão na disputa da vaga — três homens e uma mulher —, e o escolhido deve surgir ma telinha a partir do dia 25.

— Não são as 28 mil pessoas que concorreram quando eu tentei e que eu ganhei. Estamos fazendo algo que nem o “BBB” e ex-integrantes como o Rafinha Bastos e Rafael Cortez também estão no páreo — brinca Monica Iozzi.

À frente da trupe desde a primeira temporada, Tas avalia o novo momento do programa em seu sexto ano.

— Em relação ao que fizemos antes, teremos muito mais quadros de ficção, incluindo uma sitcom sobre os bastidores, que vai abrir o programa. E com a ficção, falamos muitas verdades — destaca o jornalista, garantindo que o programa continuará com seu chamado humor pontiagudo: — Temos que nos aperfeiçoar, porque muitos deputados, por exemplo, já conhecem o programa. É uma questão delicada: como ter um diálogo crítico e ao mesmo tempo elaborar melhor o humor.

Fonte: Extra