Justiça entende que feto de Wanessa não foi ofendido por Rafinha Bastos

"O crime de injúria é uma ofensa à honra subjetiva, de modo que a pessoa deve ter consciência da dignidade ou decoro. Sendo assim, inevitável se reconhecer que o nascituro não pode ser sujeito passivo de injúria, analisando-se que, no caso, não tem a mínima capacidade psicológica de entender os termos e o grau da ofensa à sua dignidade e decoro", explica trecho da decisão.
A magistrada citou ainda a Teoria Concepcionista, segundo a qual a pessoa adquire personalidade jurídica no momento da concepção. Mesmo assim, a teoria não foi levada em consideração na decisão. “O objeto da proteção no crime de injúria é a honra subjetiva, isto é, a pretensão de respeito à dignidade humana."
A juíza encaminhou a decisão ao Juizado Especial Criminal, destinado a julgar casos de menor gravidade. Desse modo, fica descartada a possibilidade de o humorista ser preso pelo crime de injúria. A cantora Wanessa e seu marido Marcus Buaiz ainda movem processo civil contra Rafinha Bastos em que exigem indenização de 100.000 reais por danos morais.
Wanessa e Marcus Buaiz podem recorrer da decisão. Os advogados da cantora foram procurados pela reportagem de VEJA, mas, até o fechamento desta notícia, não haviam sido encontrados. Além de ser alvo de dois processos na Justiça, por causa da piada de mau gosto proferida no CQC, Rafinha foi suspenso do programa por tempo indeterminado.
Fonte: Veja
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