Monica, lotou a Arena no último dia da 6ª Feira Guia do Estudante. Formada em Artes Cênicas pela Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), Monica contou sobre a escolha da sua profissão e sobre as mudanças na sua vida depois que ela ganhou o concurso para ser o 8º elemento do programa da Band.

“Eu sempre quis ser atriz e sabia que o mercado de trabalho era difícil. E quando você não tem uma família que pode te dar um respaldo, dá um medo!”, conta a apresentadora. “Mas, sabe, eu acho essa coisa de mercado de trabalho um saco. Eu acho que você tem que fazer o que você quer. Seu pai quer que você seja advogado e você não quer? Diga para ele: vai você ser advogado, eu quero ser pedreiro “, brinca. A piada é honesta: tanto é que Monica chegou a passar no vestibular para outros três cursos (Rádio e TV, Letras e Jornalismo), mas insistiu em estudar Artes Cênicas. “Na hora da matrícula, eu escolhi aquela coisa pela qual eu tinha paixão”, orgulha-se.

E o período em que ela cursou a tão sonhada faculdade não foi nada fácil. “Eu sou de Ribeirão Preto e, para estudar, eu tive que mudar de cidade (para Campinas) e eu não tinha um real”, revela. Ela contou com a ajuda do projeto para estudantes carentes da instituição e trabalhava à noite e nos finais de semana para se sustentar. “Foi o período que eu fiquei mais feia porque era um período de muito cansaço”, ri.

Depois de formada, correndo atrás do sonho de ser atriz, ela se mudou para São Paulo em busca de trabalho, mas não teve muita sorte. “A pessoa muda para São Paulo achando que é a terra prometida, mas não é assim. Eu trabalhava para me manter na cidade, mas não fazia teatro”, conta. Monica decidiu voltar para a sua cidade e estudar para o mestrado. “Quando você escolhe uma carreira difícil, uma saída é seguir a carreira acadêmica”, reflete.

Foi nesse período que o destino sorriu para ela e apareceu o concurso do CQC. “Uma amiga me ligou perguntando se eu conhecia o CQC e contando do concurso. Eu estava tão ferrada, tinha levado um pé na bunda do namorado, tinha voltado para a minha cidade, mas eu decidi juntar os amigos e fiz o vídeo”, relembra. Apesar de atualmente trabalhar como repórter, a faculdade de Artes Cênicas é útil em seu dia-a-dia. “Ser atriz me ajudou porque eu não sou um personagem, mas eu também não sou eu mesma. No CQC, eu trabalho muito como atriz, pra ser mais extrovertida, para saber improvisar”, explica.

A apresentadora do CQC orgulha-se de ter coragem para tomar decisões e de não se fechar para as oportunidades da vida. “Eu nunca achei que eu fosse trabalhar na TV, nunca achei que eu fosse pagar meu aluguel sozinha”, exagera. “Quando eu fiz Artes Cênicas, eu queria ser atriz de teatro, queria ser a Fernanda Montenegro. Hoje eu tô mais pra Tiririca, mas está muito legal”, brinca.